A alergia ao pólen é um problema sério no Japão, também conhecida como “Kafun” ou “Kafunsho” com cerca de 40% da população do país sofrendo com essa condição que causa perda de produtividade e impactos econômicos significativos. A cada primavera, as vastas áreas de cedros do país liberam grandes quantidades de pólen no ar, causando uma onda de espirros e desconforto para muitos.
Este ano, a situação foi descrita como a pior em cerca de uma década por especialistas e pacientes, levando o primeiro-ministro Fumio Kishida a convocar a primeira reunião de alto nível do país para enfrentar o problema.
Durante a reunião, foram discutidas várias propostas, incluindo a substituição de cedros por outras espécies de árvores que produzem menos pólen e o uso de inteligência artificial, como supercomputadores, para melhorar fundamentalmente o sistema de previsão de alergias no país.
O ministro da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo, Tetsuo Saito, falou sobre a importância de lidar com o problema, destacando que a alergia ao pólen é uma questão nacional que afeta muitas pessoas no país.
As medidas propostas são importantes para lidar com a condição, pois a alergia ao pólen tem um impacto econômico significativo. Uma pesquisa realizada em 2020 pela gigante eletrônica Panasonic estimou que o Japão sofre uma perda econômica de mais de 220 bilhões de ienes por dia durante o pior período da temporada do pólen.
A substituição de cedros por outras espécies de árvores é uma medida importante, pois a maioria dos cedros no Japão tem mais de 50 anos e produz grandes quantidades de pólen. Isso tem sido um fator importante para a piora das condições de alergia ao pólen no país.
O uso de inteligência artificial, como supercomputadores, também é uma medida promissora para melhorar o sistema de previsão de alergia ao pólen. Com um sistema mais preciso de previsão, os cidadãos podem se preparar melhor para a temporada de alergias, tomando medidas preventivas e evitando situações em que a exposição ao pólen é inevitável.
Outras medidas que estão sendo consideradas incluem a introdução de novos medicamentos para alergia ao pólen, o aumento do acesso a tratamentos médicos para pacientes com alergias e a melhoria das condições de trabalho para aqueles que sofrem de alergias.
Para lidar com a alergia ao pólen, é importante que o governo japonês trabalhe em estreita colaboração com a indústria, a academia e a comunidade médica. A cooperação entre esses setores pode ajudar a desenvolver soluções mais eficazes e a reduzir o impacto econômico da alergia ao pólen no país.