Durante a reunião do Comitê de Orçamento da Câmara dos Representantes em 13 de fevereiro, foram feitas várias perguntas sobre o conteúdo das memórias do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, que foram publicadas este mês. Embora os ministros evitassem dar respostas claras, a atenção da oposição foi atraída pelo “testemunho” do ex-primeiro-ministro, que comandou a política doméstica e externa durante um recorde de 8 anos e 8 meses na história constitucional.
No mesmo dia, os três membros do Partido Constitucional Democrata do Japão fizeram perguntas sobre o conteúdo das memórias. Takanori Yoneyama questionou se era verdade que Abe havia dito em seu livro que “mesmo que o país seja destruído, ficaria satisfeito se a disciplina financeira fosse mantida” em relação ao Ministério das Finanças. O ministro das Finanças, Taro Aso, disse que era difícil saber claramente os sentimentos de Abe agora e acrescentou que “gerenciar responsavelmente as finanças é uma das missões do Ministério das Finanças”.
Tomofumi Hongo perguntou sobre as negociações entre o Japão e a Rússia em relação às Ilhas do Norte. Ele perguntou sobre a veracidade das afirmações de Abe de que “as duas partes concordaram em buscar um acordo” durante a Cúpula Japão-Rússia em 2018 e na cúpula do Grupo dos 20 principais países industrializados e emergentes em Osaka no ano seguinte. O ministro das Relações Exteriores na época, Taro Kono, repetidamente respondeu que isso estava fora de sua alçada. Hongo também pediu que o governo formulasse uma “opinião unificada” sobre as memórias de Abe.
