O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW) anunciou recentemente a confirmação de mais 10 casos de varíola dos macacos em Tóquio e Hyogo, elevando o total de casos para 106 desde o primeiro caso em julho do ano passado. A varíola dos macacos é uma doença causada por um vírus da família Poxvírus, que é altamente contagioso e pode ser transmitido de animais infectados para seres humanos. Embora a doença possa ser tratada, ela pode causar complicações graves e até a morte em casos raros.
Desde o início deste ano, o número de pessoas infectadas com varíola dos macacos no Japão tem aumentado rapidamente, especialmente entre homens de uma ampla faixa etária, incluindo adolescentes até 60 anos, com a maioria dos casos na faixa dos 30 e 40 anos. Surpreendentemente, mais de 90% dos infectados não têm histórico de viagem para o exterior. Isso levou os especialistas a acreditar que o vírus pode estar circulando em comunidades locais, possivelmente através de contato com animais infectados.
Em julho de 2022, foi relatado o primeiro caso de infecção por varíola dos macacos no Japão, e até o final do ano, apenas oito casos haviam sido confirmados. No entanto, desde janeiro deste ano, houve um aumento acentuado no número de casos confirmados, o que é motivo de grande preocupação para as autoridades de saúde no Japão.
Diante desse aumento nos casos de varíola dos macacos, o MHLW recomenda cuidado para mulheres e crianças, pois a doença não afeta apenas homens. Se apresentarem sintomas como febre, erupção cutânea e dores no corpo, é recomendado que procurem imediatamente atendimento médico. Além disso, o MHLW está realizando campanhas de conscientização para alertar a população sobre os riscos da doença e medidas de prevenção, como lavagem frequente das mãos, uso de máscaras e evitar o contato com animais selvagens.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 4 de abril de 2023, o número global de casos confirmados de varíola dos macacos ultrapassou 86 mil. A doença foi detectada em muitos países ao redor do mundo, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Israel e Brasil, entre outros. Por isso, é importante que as autoridades de saúde em todo o mundo permaneçam vigilantes e tomem medidas eficazes para prevenir a propagação da doença.