A requalificação é um tema que tem despertado interesse entre os trabalhadores japoneses, mas parece que ainda há obstáculos para sua implementação. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de pesquisa de mercado Axis, cerca de 60% das pessoas acreditam que é difícil realizar uma requalificação durante o período de licença maternidade ou paternidade.
O ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, recentemente expressou no passado o desejo de incentivar a requalificação durante o período de licença maternidade ou paternidade, com o objetivo de ajudar na elevação dos salários e no desenvolvimento de carreiras. No entanto, apesar disso, ainda há uma grande parcela da população que acredita que essa tarefa é impossível.
O Primeiro-ministro Fumio Kishida declarou na sessão plenária da Câmara Alta em 27 de janeiro de 2023 que apoiará a requalificação de pessoas que estão na licença por motivos de saúde ou para criar filhos durante a ascensão de salários e carreiras
Ele afirmou que será uma espécie de “impulso extra” para essas pessoas, possibilitando-lhes aprimorar suas habilidades e atualizar seus conhecimentos, preparando-as para um futuro mais promissor e com maiores oportunidades de ascensão profissional. A iniciativa do Primeiro-ministro é uma resposta às demandas da sociedade por igualdade de oportunidades e aprimoramento contínuo de carreira, e reflete o compromisso do governo em garantir um futuro mais brilhante para todos.
A pesquisa realizada pela Axis também revelou que mais de 40% dos trabalhadores japoneses já realizaram algum tipo de requalificação, e que 83,7% dos entrevistados expressaram o desejo de realizar uma requalificação no futuro. No entanto, apenas 73,3% dos entrevistados disseram que a empresa em que trabalham possui algum tipo de programa ou sistema de requalificação. Além disso, 75,3% dos entrevistados responderam que não acreditam que a requalificação possa resultar em aumento de salário na empresa em que trabalham.
A pesquisa foi realizada com 300 trabalhadores japoneses com idades entre 20 e 50 anos e abrangeu um amplo espectro de diferentes tipos de emprego, incluindo trabalhadores regulares, contratados, terceirizados e trabalhadores temporários. O resultado da pesquisa é uma indicação clara de que, apesar do interesse e da motivação dos trabalhadores japoneses em realizar uma requalificação, ainda há uma série de obstáculos que precisam ser superados antes que a requalificação se torne uma realidade para a maioria das pessoas.
